A Turquia voltou seu foco para a reconstrução nesta quarta-feira (15), encorajando aqueles em áreas atingidas pelo terremoto cujos prédios foram considerados seguros a voltarem para casa.
No Noroeste da vizinha Síria, controlado pela oposição, que já sofria com mais de uma década de bombardeios, o terremoto deixou muitas famílias se virando sozinhas em meio aos escombros, com a ajuda internacional chegando lentamente.
O número de mortos nos dois países subiu para mais de 41 mil, e milhões precisam de ajuda humanitária, com muitos sobreviventes desabrigados em temperaturas quase congelantes, e os resgates agora são poucos e distantes entre si.
Retorno para casa
Na província de Hatay, no Sul da Turquia, metade dos edifícios desabou, foi fortemente danificada ou precisa ser demolida rapidamente, disse o ministro do Interior, Suleyman Soylu.
Mas o governo encorajou as pessoas a voltarem para casa – se puderem, com base em avaliações do governo.
“Queremos que os cidadãos rastreiem o status de seus prédios no sistema online e voltem aos prédios que recebem relatórios de construção segura do Ministério de Urbanização, a fim de começar a voltar ao normal”, disse o ministro do Turismo, Nuri Ersoy, em uma coletiva de imprensa em Malatya, cerca de 160 km do epicentro do terremoto.
“Vamos demolir rapidamente o que precisa ser demolido e construir casas seguras”, tuitou o ministro do Meio Ambiente e Urbanização, Murat Kurum.
Enquanto isso, o índice de ações da Turquia subiu quase 10% na reabertura da bolsa, após cinco dias de fechamento por causa do terremoto, com medidas do governo para sustentar as ações parecendo estar funcionando, mas analistas alertaram que o sentimento era frágil.
Resgates
Na noite de ontem (14), o presidente turco, Tayyip Erdogan, prometeu continuar com os esforços de resgate e recuperação, depois que nove pessoas foram retiradas dos escombros com vida naquele dia.
Uma mulher de 42 anos foi resgatada dos escombros de um prédio na cidade de Kahramanmaras, no Sul da Turquia, nesta quarta-feira, quase 222 horas depois do terremoto devastador que atingiu a região, informou a mídia turca.
Mas autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que a fase de resgate está chegando ao fim, com o foco voltado para abrigo, alimentação e educação.
O saldo turco era de 35.418 mortos, disse Erdogan. Mais de 5.814 morreram na Síria, de acordo com uma contagem da Reuters, a partir de relatos da mídia estatal síria e de uma agência da ONU.
Na Síria, os esforços de socorro foram prejudicados por uma guerra civil que fragmentou o país e dividiu as potências regionais e globais. A única passagem de fronteira da Turquia para a Síria foi fechada por dias antes que os caminhões da ONU fossem autorizados a passar.
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Agência Brasil
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