A operação que está sendo realizada nesta terça-feira (23) pela força-tarefa criada pela Polícia Civil para combater as milícias no Rio de Janeiro resultou, até o início da tarde, em 22 prisões na zona oeste da capital e na Baixada Fluminense. Os agentes das delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquérito Especiais (Draco) foram para as ruas para prender criminosos e asfixiar as fontes de renda da organização criminosa.
Entre os capturados por policiais da Draco está Sérgio Lucindo da Silva Júnior, conhecido como PQD ou Pitoco. Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Civil, Silva é um dos chefes da milícia nas comunidades da Malvina, Cabeça de Porco e Invasão, na Taquara, em Jacarepaguá, na zona oeste. As investigações indicaram que Silva é subordinado a dois milicianos presos que são aliados organização criminosa de Luís Antônio da Silva Braga, chamado de Zinho.
Agentes da Delegacia de Polícia Interestadual – Divisão de Capturas (DC-Polinter) prenderam um ex-policial militar em Inhoaíba, Campo Grande, também na zona oeste. De acordo com a secretaria, ele fazia cobrança de taxas de segurança irregulares para a milícia. Contra o ex-policial havia um mandado de prisão por extorsão. Na mesma região, policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente fecharam uma fábrica de produtos químicos.
Dois milicianos foram presos por integrantes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Foram também presos por agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados dois milicianos e interditados estabelecimentos de venda irregular de gás e provedores clandestinos de internet. Cinco pessoas que vendiam produtos falsificados explorados pela milícia foram presas na Gardênia Azul, na zona oeste, por policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial.
De acordo com a Secretaria de Estado da Polícia Civil, entre os crimes investigados, estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia, cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia, instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet, armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água.
A operação coibiu ainda irregularidades como exploração e construções de imóveis irregulares, areais e outros crimes ambientais, comercialização de produtos falsificados, contrabando, descaminho, transporte alternativo ilegal e exploração e uso de estabelecimentos comerciais para lavagem de dinheiro.
Agência Brasil
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