27 de dezembro de 2024

Jutan Araújo

Sem Meias Verdades

Ex-prefeito é condenado a 18 anos de prisão por fraudes

O ex-prefeito de Cansanção, Ranulfo Gomes, foi condenado pela Justiça Federal da Bahia a 18 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por fraudes em licitações de transporte escolar no município. A sentença, proferida pelo juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal Criminal, revelou que o esquema causou um prejuízo de mais de R$ 978 mil aos cofres públicos, em valores da época. A investigação, iniciada com a Operação Making Of, deflagrada pela Polícia Federal em 2015, também resultou na condenação de outras seis pessoas envolvidas no esquema criminoso.

Segundo as investigações, o grupo era dividido em dois núcleos principais: um político-administrativo, liderado por Ranulfo Gomes, e outro empresarial. As fraudes ocorreram em dois pregões presenciais (008/2011 e 008/2014) para contratação de serviços de transporte escolar. O esquema utilizava empresas de fachada e “laranjas” para simular concorrência nas licitações, além de manipulação nos contratos, superfaturamento e direcionamento dos certames.

Na época dos desvios, Cansanção enfrentava um dos piores índices de desenvolvimento educacional do estado, ocupando a 347ª posição entre os 417 municípios baianos. Os recursos que deveriam ser destinados ao transporte escolar acabaram sendo desviados para outros fins, comprometendo diretamente o acesso à educação e a qualidade do serviço prestado aos estudantes locais.

Além das penas privativas de liberdade, os condenados também terão que pagar multas e custas processuais. Ranulfo Gomes recebeu a pena mais severa, seguido por Edvan Ferreira da Costa (11 anos e 6 meses), Rubilene Dantas de Carvalho (9 anos e 6 meses), José Marcos Santana de Souza (7 anos e 6 meses), Paulo Roberto Dantas Santos (2 anos e 3 meses, convertidos em serviços comunitários), Marilton dos Santos Silva (2 anos e 6 meses, também convertidos) e Milton Neves de Oliveira (2 anos e 6 meses, igualmente convertidos). Todos os envolvidos poderão recorrer em liberdade.

Bahia Política

 

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