Ikebanas, bonsais, jogos de tabuleiro, danças típicas, artes marciais, cultura pop e centenas de atrações marcam o 23º Festival do Japão, que termina neste domingo (17), na capital paulista.
O evento, que começou na última sexta-feira (15), no São Paulo Expo, oferece ainda shows musicais, atrações culturais, culinária regional tradicional das províncias japonesas, exposições culturais, workshops, cerimônia do chá e atividades gratuitas para as crianças, jovens, adultos e idosos.
Pelos corredores, os visitantes ainda encontram diversos cosplayer [pessoa que se fantasia de um personagem] dos famosos animes [desenho animado] japoneses, que participam do Akiba Cosplay Summit, reunindo os melhores cosplayers do país.
Organizado pela KENREN – a Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil – desde 1998, o evento tem o objetivo de preservar e divulgar a cultura japonesa e transmitir as tradições para as novas gerações, representando as 47 províncias que compõem o Japão. Este ano o tema do festival é “Do Sonho à Realidade”, para simbolizar a superação de todas as dificuldades e obstáculos nestes dois anos de pandemia da covid-19.
Longevidade
Uma das áreas mais procuradas no Festival do Japão é a Área da Melhor Idade, que oferece diversas atividades para a promoção da saúde dos idosos, como ginástica corporal e mental, jogos de tabuleiros, massagens e orientações para uma saúde de quem está na terceira idade.
“Somos praticamente o único festival de cultura japonesa que tem um espaço dedicado para o idoso. O cuidado é um valor da cultura japonesa, por isso oferecemos esse serviço gratuito para os idosos que visitam o Festival do Japão. Temos estandes com informações, entretenimento como os jogos de tabuleiro, que é típico do Oriente, entre outras atividades para acolher os idosos que nos visitam”, explicou o coordenador do espaço e pastor da Igreja Evangélica Holiness, Willian Maki Suzuki.
Ele destacou que a longevidade japonesa é um tripé e um exemplo que podem ser seguidos pelos brasileiros. “É uma conjunção da saúde corporal, a saúde psicológica e a saúde espiritual. como um tripé que fica em pé, quando ficam dois pés caem. A gente tenta valorizar esses três valores e por isso a gente está aqui, sabemos que tem algum risco ainda de Covid, mas se a gente levasse só em conta a saúde física, a gente não estaria aqui, mas a gente tenta levar em conta também a saúde emocional, essa interação social e a saúde espiritual”.
Área infantil
As crianças também têm um espaço dedicado a elas, com atividades recreativas típicas do Japão como o Campeonato de Hashi, onde os participantes tem que colocar o feijão no pote com o hashi, talher típico do Japão, mais conhecidos como palitinhos de comida japonesa.
“O campeonato abrange todas as idades, e então vem a família inteira, a avó, o pai, a mãe, as crianças e é por isso que é bem procurado porque todos participam em conjunto. A intenção é colocar o feijão no potinho com o hashi, quem coloca mais em três minutos vence e ganha um prêmio”, explicou Ises Ota, a coordenadora do Instituto Ives Ota, uma ONG que contribui com o trabalho comunitário na Zona Leste de São Paulo e trabalha o tema paz entre as crianças.
Gastronomia
A realização do Festival do Japão auxilia na manutenção das 47 associações de províncias (kenjinkais) e de sete entidades beneficentes da comunidade nipo-brasileira. O evento não tem fins lucrativos e é organizado por mais de 15 mil voluntários.
Um dos principais destaques do Festival é a Praça de Gastronomia, com 44 estandes representando a culinária típica de cada região do Japão, com receitas familiares.
Espaço #FJTAON
A área é dedicada aos jovens, aos games – com interação e interatividade – propondo uma imersão na cultura japonesa e na cultura digital com o objetivo de estabelecer uma interação direta entre o #FJTAON e o AKIBASPACE, principais atrações do Festival do Japão para o público jovem. Além disso, o espaço promove desafios interativos e diversas atividades ligadas ao tema da sustentabilidade, atraindo o público para refletir sobre questões como meio ambiente, reciclagem, propósito social, upcycling e mobilidade.
Agência Brasil
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